O nosso velho conhecido disco de vinil, ou bolacha ou apenas vinil, é um tipo de mídia de reprodução sonora feito de um material plástico muito delicado chamado polivinil, geralmente de cor preta, que foi desenvolvido em 1948, substituindo os obsoletos discos de goma-laca de 78 rotações. Esse material é prensado, dando origem a incontáveis micro-sulcos ou ranhuras de forma espiralada, que conduzem a agulha do toca-discos da borda externa para o centro, no sentido horário. Trata-se de uma gravação analógica, pois o processo é totalmente mecânico. Esses sulcos são microscópicos e fazem a agulha vibrar, se transformando num sinal elétrico que,
amplificado e convertido em som audível, se transforma em música.
Caracterizado pela sua excelência em qualidade sonora, os discos de vinil são mais leves, maleáveis e resistentes a choques, quedas, porém o manuseio deve ser feito sempre pelas bordas, além do extremo cuidado com ranhuras e poeiras, que danificam os sulcos e as agulhas. Sem sombra de dúvidas, o vinil é um meio de armazenamento muito mais fiel que o CD. Para um ouvido comum, esta superioridade não se mostra, mas para quem possui ouvido e percepção musical, a diferença torna-se gritante.
Para atender às várias necessidades, o vinil foi produzido em diferentes formatos: Single ou Compacto Simples: abreviatura do inglês Single Play. A sua capacidade era de cerca de 4 minutos em cada lado. O single era geralmente empregado para difusão das músicas de trabalho de um álbum completo a ser lançado posteriormente. - EP ou Compacto Duplo: abreviatura do inglês Extended Play. A sua capacidade normal era de cerca de 8 minutos em cada lado e normalmente continha em torno de 4 faixas.
- Máxi: abreviatura do inglês Maxi Single. Sua capacidade era de cerca de 12 minutos em cada lado.
- LP: abreviatura do inglês Long Play. A sua capacidade normal de armazenamento era de cerca de 20 minutos em cada lado. Esse formato era utilizado normalmente para a comercialização de álbuns completos.
Para se produzir um vinil, pega-se um disco de alumínio liso e dá-lhe um banho de acetato de celulose. Em seguida ele é colocado em um torno de gravação. Enquanto ele roda, uma agulha minúscula de diamante vai cortando as faixas em espiral na sua superfície. O movimento do braço da agulha é dado pelos impulsos elétricos da música já gravada no estúdio, em fitas magnéticas ou arquivos digitais, fazendo vibrar levemente e marcando as irregularidades microscópicas no disco.
O produto resultante é chamado de Disco Master, pois já contém as faixas com as músicas gravadas. Ele ainda é muito frágil para ser lido por uma agulha normal de toca-discos. Então, o Master de Acetato é metalizado com um banho de cloreto de estanho. Na sequência vem um banho de prata e um mergulho num banho de níquel que fundindo com a prata, forma uma camada de metal muito resistente, que depois de resfriada é separada do Master de Acetato.
O que se formou neste processo contém as faixas de músicas que irão fazer parte do disco, porém, invertidas, em alto-relevo. E já está pronta a fôrma, que será colocada em uma prensa. Já na prensa, esta aperta o disco de metal contra o vinil aquecido, com cerca de 100 toneladas de força e a 193 ºC. As faixas em alto-relevo do disco de metal transferem as informações para o vinil, que, depois de prensado, seca e se transforma em um disco! Cada forma prensa milhares de cópias. O excesso de vinil das bordas é cortado e o produto final já está pronto para seguir na linha de produção.
A partir de 2008 nos Estados Unidos e Europa e, de 2009 no Brasil, a indústria fonográfica restaurou os maquinários da antiga produção de vinil para atender a grande demanda do mercado atual.
Diante da complexidade deste processo de fabricação do vinil, fico só imaginando o desenrolar inicial desta criação; de como uma cabeça pensante consegue organizar e dar a sequência certa aos procedimentos necessários, colocandos-os numa ordem tal, de modo a conseguir chegar a um resultado final favorável! A criação do vinil foi tão bem sucedida, que até hoje não encontraram um substituo à altura; tanto que, voltaram com a sua fabricação novamente.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
AVISO IMPORTANTE:
Amigos, informamos que não atenderemos pedidos de links feitos através dos "Comentários", pelas "Redes Sociais", ou ainda pelo "Chat" do blog. Com o intuito de agilizarmos o atendimento os leitores deverão usar exclusivamente o "Email" do blog.