Tempo
O "tic-tac" vai marcando cada momento de um dia morto.
Você gasta à toa e joga no lixo as horas, descontroladamente,
Perambulando de um lugar para outro em sua cidade natal
Esperando por alguém ou alguma coisa que te mostre o caminho.
Cansado de tomar banho de sol, de ficar em casa vendo a chuva,
Você é jovem, a vida é longa, e há tempo para desperdiçar,
Até que um dia você descobre, que dez anos ficaram para trás.
Ninguém te disse quando começar a correr, você perdeu a largada.
E você corre e corre atrás do sol, mas ele está se pondo,
Fazendo a volta para nascer outra vez, atrás de você.
De uma maneira relativa, o sol é o mesmo, mas você está mais velho,
Com menos fôlego e um dia mais perto da morte.
Cada ano vai ficando mais curto, parece não haver tempo para nada.
Planos que dão em nada, ou meia página de linhas rabiscadas.
Esperar em quieto desespero é a maneira inglesa.
O tempo se foi, a música terminou, pensei que eu tivesse algo mais a dizer.
Em casa, em casa de novo.
Eu gosto de ficar aqui quando posso.
Quando eu chego em casa com frio e cansado,
É bom aquecer meus ossos ao lado do fogo.
Bem longe no campo,
O toque do sino de ferro,
Deixa os fiéis de joelhos
Para ouvirem os encantos mágicos sussurrados.
por Pedro Ajax.
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